Este blog é uma galeria dos meus trabalhos em pintura, desenho e fotografia.
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CV
Cassio Leitão, São Paulo - Brasil, 1962.
Formado pela faculdade de artes plásticas da FAAP, vive e trabalha em São Paulo.
Exposições individuais:
2014 MAB Museu de Arte de Blumenau / SC.
2014 UNESC Universidade do Sul Catarinense, Criciuma / SC.
2014 MARCO Museu de Arte Contemporânea de MS, Campo Grande / MS.
1994 Galeria Gumercindo, São Paulo / SP.
1989 Espaço OFF, São Paulo / SP.
Exposições coletivas:
2014 21º Salão de artes, Palácio das Artes, Praia Grande / SP.
2014 Instituto Tomie Ohtake, Núcleo do olhar, São Paulo / SP.
2014 MARP Museu de Arte de Ribeirão Preto / SP.
2013 Galeria Espaço Escultural, São Paulo / SP.
2013 Prêmio Belvedere, Paraty / RJ.
2012 Festivalma’12, Fundação Bienal, São Paulo / SP.
2011 Festivalma’11, Fundação Bienal, São Paulo / SP.
2009 Festivalma’09, Fundação Bienal, São Paulo / SP.
2007 Galeria Mezanino, São Paulo / SP.
1991 Espaço Til, São Paulo / SP.
1990 Espaço Phaton, São Paulo / SP.
Coleções públicas:
MARCO Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul / MS.
UNESC Universidade do Sul Catarinense, Criciuma / SC.
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Textos
Compensados (apresentação da série)
A partir de linhas, figuras ou massas de cor, múltiplas pinturas são desenvolvidas simultâneamente e aos poucos vão sendo soterradas por gestos, planos e transparências.
Seguindo cada qual sua própria direção, elas se fazem nesse processo caótico de construção e desconstrução, num caminho sem planos que deixa visível as marcas do percurso onde, muitas vezes, os erros as levam além do procurado.
Por fim, o resultado, se equilibra entre o racional e a abstração, onde valiosas desilusões e plenitude se fixam sobre folhas de madeira, comprimidas e coladas umas as outras formando, lâminas de pintura e suporte, um complexo compensado.
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Cultura x Natura (apresentação da exposição)
Motivo: Desastres, A arte recente de Cássio Leitão
por Juliana Monachesi
Os desastres naturais, na série recente de pinturas de Cássio Leitão, não são um tema propriamente dito. Funcionam mais como motivo, como subterfúgio para pintar essas formas um tanto disformes e essas cores enevoadas, senão soturnas de tudo. O artista parte de fotografias de catástrofes para compor as telas, mas elege predominantemente ângulos fechados, que fazem o olhar patinar pela superfície da pintura, sem saber qual a escala dos destroços. Contribui para a sensação “deslizante” o fato de que o artista carrega nas tintas e não se sente, em momento algum, preso ao assunto, apegado a verossimilhanças.
A escolha deste assunto, então, parece sugerir um desejo de abstração. Afinal, poucas formas são mais indefinidas do que a de escombros de construções arrastados pela força da natureza e depositadas sem hierarquia nenhuma uns em cima dos outros a quilômetros do local original onde se erguiam antes do desastre. Reforça-o (o suposto desejo de abstração) a indefinição entre pincelada e desenho nas pinturas da série. Não há vestígios de desenho anterior na tela, mas as fomas contruídas apenas com a cor são, eventualmente, conectadas por uma pincelada unificante, que parece contorno e remete a desenho.
Finalmente, vale notar nesta série, a paleta tipica-mente paulistana de algumas pinturas, com tons rebai-xados e ausência de preto. Além, claro, da opção do artista por, em certas telas, deixar visível um fragmento de uma obra anterior que estava por baixo da pintura final. Segundo o próprio Cássio, não lhe interessa partir do zero quando vai iniciar uma tela.
O procedimento aponta, a meu ver, uma outra filiação relevante: a de artistas apropriacionistas e colagistas que recusam o espaço supostamente neutro do cubo branco, assim como da tela branca. Um bom começo para uma trajetória longa que, agora, deslanchou!
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